O Ministério de Minas e Energia lançou recentemente o Programa Combustível do Futuro, que tem como princípio o uso de fontes alternativas de energia e o fortalecimento do desenvolvimento tecnológico nacional.
O programa tem como objetivo propor medidas para incrementar o uso de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, bem como a aplicação de tecnologia veicular nacional, com biocombustíveis, com vistas a maior descarbonização da nossa matriz de transporte.
O ‘Combustível do Futuro’ foi aprovado pelo CNPE, o Conselho Nacional de Política Energética e foi tema da reunião virtual do Cosag, na sexta-feira, 2 de julho. Durante o evento, o presidente do Conselho Superior do Agronegócio, Jacyr Costa falou sobre a importância do assunto para o país como um todo e afirmou que “o mundo caminha para uma economia de baixo carbono”.
De acordo com informações do Jornal Cana, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, ressaltou que “o Brasil tem contribuído para essa transição, tendo novas fontes de energia como a eólica, a solar e os biocombustíveis têm cada vez maior participação na matriz energética nacional”.
O Jornal Cana também disse que: “As incertezas nos preços do petróleo e as tensões geopolíticas causam grande preocupação nas políticas públicas voltadas ao setor energético e, com isso, o uso da energia sofre modificações, e, de acordo com o ministro, o setor de transporte poderá ser o maior impactado”.
Bento Albuquerque afirmou também, durante a reunião, que o Brasil possui matriz energética única e que hoje, 49% dela conta com participação das renováveis, enquanto, a média do mundo todo se encontra em 11%. O ministro disse ainda que: “A matriz energética brasileira é um patrimônio e devemos divulgá-la e fortalecê-la cada vez mais”.
As informações apresentadas pela reportagem do Jornal Cana revelam ainda que Albuquerque informou que: “um dos instrumentos da política de redução de GEE, para a comercialização de biocombustíveis, será o incentivo à emissão de créditos, com vistas à descarbonização, denominada Cbio [ativo emitido por empresas licenciadas, que corresponde a uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) a menos na atmosfera] a fim de cumprir as metas que foram estabelecidas, com o preço médio de R$ 43,66 o título”.
Durante o encontro virtual, o ministro também disse que, além do RenovaBio, considerado maior programa do mundo de descarbonização, o Combustível do Futuro será mais um passo do Brasil na liderança da transição energética, tendo como principal objetivo propor medidas que incrementem a utilização de combustíveis sustentáveis e de baixa intensidade de carbono, bem como o desenvolvimento de tecnologia veicular nacional.
Quem também participou da reunião on-line foi Besaliel Botelho, CEO da Bosh no Brasil. Ele apresentou as diversas rotas tecnológicas para se obter a neutralidade em carbono e também falou da relevância da engenharia brasileira no desenvolvimento destas tecnologias com a utilização do conhecimento em biocombustíveis.
Este programa inovador conta com 15 órgãos e é coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e um de seus papéis é que haja uma metodologia de avaliação do ciclo de vida completo dos combustíveis.